A Volkswagen apresentou oficialmente o Virtus – a versão três-volumes do novo Polo. O sedã chega às lojas ainda este mês custando entre R$ 59.990 e R$ 79.990.
Os preços revelam um ponto fraco da novidade. A opção topo de linha (Highline), equipada com motor 1.0 TSI e câmbio automático de seis marchas, é R$ 10.800 mais cara do que o Polo Highline – e ambos têm basicamente o mesmo conteúdo.
Na versão Comfortline, a diferença cai para ainda salgados R$ 8.300 e para aceitáveis R$ 5.000 na configuração de entrada, 1.6.
Se você se encantou pelo Virtus das fotos, vale o aviso: completo, com pintura metálica, painel digital, rodas aro 17, couro, tela de 8 polegadas e outros itens menores, o preço deve passar dos R$ 85.000 (a VW ainda não divulgou os preços da lista de equipamentos opcionais).
Com medidas generosas, o Virtus é um carro de presença. As carrocerias hatch e sedã da geração anterior do Polo brasileiro (lançada em 2002) tinham os mesmos 246 cm entre os eixos e nenhuma jamais figurou entre os carros mais vendidos de seus respectivos segmentos.
Ainda que a duras penas, a Volkswagen parece ter aprendido a lição. Para começar, adotou uma estratégia diferente da Fiat ao esticar o seu hatch.
Em vez de manter o entre-eixos e adaptar portas traseiras, teto e porta-malas, engenheiros e designers alemães e brasileiros se valeram da modularidade da plataforma MQB e alteraram também o entre-eixos (de 256,5 cm para 265,1 cm).
Com 448,2 cm de comprimento, 175,1 cm de largura e 147,2 cm de altura, o Virtus impressiona pelo porte quando comparado a rivais veteranos, como Hyundai HB20S (423 x 168 x 147 cm) e Prisma (428,2 x 170,5 x 147,8 cm).
E, especialmente na versão Highline completa, o interior também é de encher os olhos. Assim como no Polo, o acabamento é elogiável. O motorista tem a seu dispor volante, banco e retrovisores com grande amplitude e facilidade de ajuste, o que permite o uso compartilhado por pessoas de estaturas bem diferentes.
Mas conforto de verdade tem quem viaja no banco traseiro. Ainda que os dianteiros estejam totalmente recuados, as pernas não são espremidas. O espaço para cabeça e na altura dos ombros e cotovelos também é bom.
Melhor que isso, só se o assoalho fosse plano na região central, como no Honda City – que também briga entre os sedãs compactos e receberá um facelift até março.
O porta-malas, com 521 litros, está entre os maiores do segmento. Bastante ampla, a boca do compartimento facilita a acomodação de objetos volumosos. Se estiver equipado com a prancha (opcional), que permite a elevação do fundo, melhor ainda.
Ao volante, a maciez da suspensão notada no Polo se repete, muito embora a melhor distribuição de massa do sedã tenha atenuado a forte tendência de saídas de frente.
Fonte: QuatroRodas