Quantidade de fiação nos carros aumentou exponencialmente nas últimas décadas
Carros com uma boa dose de conteúdo eletrônico têm aproximadamente 1 km de fios de várias bitolas e que pesam cerca de 60 kg (no total), contando os conectores que fazem parte dos chicotes automotivos. Nos modelos de última geração, como o Bentley Bentayga acima, o total chega a 4 km. Para ter uma ideia, em 1948, a média dos veículos americanos era de 45 metros de fiação por carro.
Hoje se utiliza cobre em cabos finos, enquanto os cabos médios e de grande capacidade de corrente adotam ligas e até barramentos (peças rígidas) de alumínio puro. Como em veículos convencionais os chicotes representam 5% do peso total, esse valor no mínimo dobra num híbrido e quadruplica num 100% elétrico.
Um exemplo: se num hatch comum de 930 kg a fiação pesa 47 kg, num híbrido (Toyota Prius, de 1.415 kg) o material chega a 141 kg, e num elétrico (BMW i3 ER, de 1.315 kg) soma 263 kg.
Com o aumento do uso do sistema start-stop, dos híbridos e dos carros elétricos, o peso e a extensão da fiação só tendem a crescer, o que também cria a oportunidade de a tecnologia reduzir esse volume por conta da adição de materiais nobres que ficam mais acessíveis ou de recicláveis que alcancem igual ou maior performance elétrica.